segunda-feira, 7 de dezembro de 2009


Nome:
Produtora:
Ano:
Estilo:
Console:
Saga(s):
Tamanho:
Yu Yu Hakusho: Dark Tournament!
Atari
2004
Luta 3D
Playstation 2
Torneio das Trevas
1,01 Gb
 
   


Análise
  
   
 Quando o lançamento de um jogo de Yuu Yuu Hakusho para a nova geração de videogames foi anunciado, muitos fãs, inclusive eu, se animaram com as possibilidades que o jogo traria. No entanto, após meses de expectativa, a reação dos fãs do anime a esse jogo da Atari foi a frustração.
O jogo foi desenvolvido pela Atari Americana, e não teve nenhum contato japonês em sua criação. Desta forma, vemos erros estúpidos nos nomes dos golpes e personagens. A história é focada na saga do Torneio das Trevas, onde todas as lutas mais importantes estão presentes. Este é o único ponto positivo do jogo, ele conta com personagens nunca antes jogáveis como Kuromomotarou (e todas as suas transformações). Mas ao final de cada luta, ao invés de utilizar-se da tecnologia disponível para criar Cut Scenes, novamente a falta de criatividade da Atari é mostrada: a história é contada através de clips do próprio anime, simplesmente inseridos no jogo.
Os gráficos utilizam a tecnologia cel-shading para tentar dar aos gráficos a aparência do anime. No entanto, alguns personagens estão desproporcionais, e alguns dos movimentos parecem forçados e pouco lembram as cenas do anime.
O áudio e a trilha sonora são patéticos. Não há nada do anime presente lá: Foram músicas criadas do zero, simplesmente para preencher o buraco no jogo. Como já vimos em vários outros jogos de YYH, isso nem sempre é problema. Acontece que nenhuma delas é realmente agradável ou vibrante. Além disso, as vozes utilizadas foram as americanas: além da tradução porca de nomes de golpes e personagens, somos obrigados a ouvir vozes sem emoção. Simplesmente não agrada.
A jogabilidade é um dos maiores defeitos do jogo. Ao seguir um caminho totalmente diferente das atuais séries de luta do PS2, a Atari criou uma Engine de luta medíocre. A barra de Ki é drenada de forma rápida, e não há como recarregá-la. Além disso, a defesa é exagerada, sendo impossível de ser quebrada, e protegendo completamente de danos. Agarrões são completamente inúteis, além de iguais para todos os personagens. Não existem golpes especiais (desperations). Apesar de possuir defesas inquebráveis, as barras de energia são muito pequenas, e bastam alguns combos (no caso de Toguro, apenas um) para acabar completamente uma luta. E por fim, existem inúmeros defeitos na hora de detectar o impacto de alguns golpes. Alguns, que deveriam atingir o oponente, o atravessam, e outros atingem de forma errônea.
A única parte boa do sistema de combate é um criativo sistema de luta em equipes, que foi bem implementado pela Atari, apesar de ser inferior ao belo sistema de combate em grupos do YYH: Makyou Touitsusen de Mega Drive. Ainda assim, não é o bastante para salvar o jogo de ser um desastre.
A quantidade enorme de personagens poderia ter sido um ponto forte, não fosse pelo fato de a grande maioria ter sido mal-implementada. As grandes diferenças de poder entre os personagens também podem ser irritantes, além do último chefe, Toguro, ser extremamente desbalanceado e apelão.
Algumas pessoas podem achar o jogo interessante, mas para mim nem o modo versus, nem a grande quantidade de personagens bastaram para torná-lo divertido, mesmo quando era o único jogo de YYH no PS2. Agora, que existem duas opções melhores, passe longe

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